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Nada é muito quando é demais

Posted by Manu Mattos on 10.10.11 in










Dizem que a gente tem o que precisa.
Não o que a gente quer.
Tudo bem.
Eu não preciso de muito.
Eu não quero muito.
Eu quero mais.
Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro.
Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia.
Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro.
Mais eu. Mais você.
Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca.

Eu quero nós. Mais nós.
Grudados. Enrolados. Amarrados.
Jogados no tapete da sala.
Nós que não atam nem desatam.
Eu quero pouco e quero mais.
Quero você. Quero eu.
Quero domingos de manhã.
Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro.

Quero seu beijo.
Quero seu cheiro.
Quero aquele olhar q não cansa,
o desejo q escorre pela boca
e o minuto no segundo seguinte:
nada é muito quando é demais.

Caio F. Abreu

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Je t'adore à l'égal de la voûte nocturne

Posted by Manu Mattos on 9.10.11 in












Je t'adore à l'égal de la voûte nocturne,
Ô vase de tristesse, ô grande taciturne,
Et t'aime d'autant plus, belle, que tu me fuis,
Et que tu me parais, ornement de mes nuits,
Plus ironiquement accumuler les lieues
Qui séparent mes bras des immensités bleues.

Je m'avance à l'attaque, et je grimpe aux assauts,
Comme après un cadavre un choeur de vermisseaux,
Et je chéris, ô bête implacable et cruelle!
Jusqu'à cette froideur par où tu m'es plus belle!

Charles Baudelaire

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