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ESTATUTO DO HOMEM / STATUTO DELL'UOMO
Posted by Manu Mattos
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4.4.09
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to think about
Artigo l: Fica decretado que agora vale a verdade. Agora vale a vida e de mãos dadas marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo ll: Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo lll: Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra, e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo lV: Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo único: O homem confiará no homem como o menino confia em outro menino.
Artigo V: Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio, nem armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo Vl: Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada por Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terão mesmo gosto de aurora.
Artigo Vll: Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo Vlll: Fica decretada que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo lX: Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal do seu suor, mas sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X: Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, o uso do traje branco.
Artigo Xl: Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo. Muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo Xll: Decreta-se que nada será obrigado, nem proibido, tudo será permitido. Inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo Xlll: Fica decretado que o dinheiro nunca mais poderá comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Artigo final: Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio. E sua morada será sempre o coração do homem.
Thiago de Mello
STATUTO DELL’UOMO
Decreti su Utopia e sogno (Atto Istituzionale Permanente) Dedicato a Carlos Heitor Cony
ARTICOLO I - È decretato che adesso vale la verità, adesso vale la vita, e mano nella mano, marceremo tutti per la vita vera.
ARTICOLO II - È decretato che tutti i giorni della settimana, compresi i martedì più grigi, hanno diritto di convertirsi in mattinate domenicali.
ARTICOLO III - È decretato che, a partire da questo istante, ci saranno girasoli in tutte le finestre, che i girasoli avranno diritto di aprirsi anche nell’ombra; e che le finestre devono rimanere, per l’intero giorno, aperte verso il verde dove cresce la speranza.
ARTICOLO IV - È decretato che l’uomo non dovrà mai più provare dubbi sull’uomo. Che l’uomo avrà fiducia nell’uomo come la palma ha fiducia nel vento, come il vento ha fiducia nell’aria, come l’aria ha fiducia nel campo azzurro del cielo.
Paragrafo unico: L’uomo confiderà nell’uomo come un bambino confida in un altro bambino.
ARTICOLO V - È decretato che gli uomini siano liberi dal giogo della menzogna. Non ci sarà più bisogno di usare la corazza del silenzio né l’armatura delle parole. L’uomo si siederà alla tavola con il suo sguardo puro, perché la verità sarà servita prima degli antipasti.
ARTICOLO VI - È stabilita, per dieci secoli, la pratica sognata dal profeta Isaia, e il lupo e l’agnello mangeranno insieme e il cibo di entrambi avrà lo stesso sapore dell’aurora.
ARTICOLO VII - Per decreto irrevocabile è stabilito il regno permanente della giustizia e della chiarezza, e l’allegria sarà una bandiera generosa per sempre spiegata nell’anima del popolo.
ARTICOLO VIII - È decretato che il maggior dolore sempre fu e sarà sempre il non poter dare amore a chi si ama e sapere che è l’acqua che dà alla pianta il miracolo del fiore.
ARTICOLO IX - È permesso che il pane di ogni giorno abbia nell’uomo il segno del suo sudore. Ma che soprattutto abbia sempre il caldo sapore della tenerezza.
ARTICOLO X - È permesso a qualsiasi persona in qualsiasi momento della vita, l’uso dell’abito bianco.
ARTICOLO XI - È decretato, per definizione, che l'uomo è un animale che ama e che per questo è bello, molto più bello che la stella del mattino.
ARTICOLO XII - Paragrafo unico: Solo una cosa sarà proibita: Amare senza amore.
ARTICOLO XIII - È decretato che il denaro non potrà mai più comprare il sole delle mattine future. Espulso dal grande baule della paura, il denaro si trasformerà in una spada fraterna per difendere il diritto di cantare e la festa per il giorno che è arrivato.
ARTICOLO FINALE - È proibito l’uso della parola libertà, la quale sarà soppressa dai dizionari e dal pantano ingannatore delle bocche. Da questo momento la libertà sarà viva e trasparente come un fuoco o un fiume, e la sua abitazione sarà sempre il cuore dell’uomo.
Thiago De Mello - Poeta, nato in Amazzonia nel 1926.
Artigo ll: Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo lll: Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra, e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo lV: Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo único: O homem confiará no homem como o menino confia em outro menino.
Artigo V: Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio, nem armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo Vl: Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada por Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terão mesmo gosto de aurora.
Artigo Vll: Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo Vlll: Fica decretada que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo lX: Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal do seu suor, mas sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X: Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, o uso do traje branco.
Artigo Xl: Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo. Muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo Xll: Decreta-se que nada será obrigado, nem proibido, tudo será permitido. Inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo Xlll: Fica decretado que o dinheiro nunca mais poderá comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Artigo final: Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio. E sua morada será sempre o coração do homem.
Thiago de Mello
STATUTO DELL’UOMO
Decreti su Utopia e sogno (Atto Istituzionale Permanente) Dedicato a Carlos Heitor Cony
ARTICOLO I - È decretato che adesso vale la verità, adesso vale la vita, e mano nella mano, marceremo tutti per la vita vera.
ARTICOLO II - È decretato che tutti i giorni della settimana, compresi i martedì più grigi, hanno diritto di convertirsi in mattinate domenicali.
ARTICOLO III - È decretato che, a partire da questo istante, ci saranno girasoli in tutte le finestre, che i girasoli avranno diritto di aprirsi anche nell’ombra; e che le finestre devono rimanere, per l’intero giorno, aperte verso il verde dove cresce la speranza.
ARTICOLO IV - È decretato che l’uomo non dovrà mai più provare dubbi sull’uomo. Che l’uomo avrà fiducia nell’uomo come la palma ha fiducia nel vento, come il vento ha fiducia nell’aria, come l’aria ha fiducia nel campo azzurro del cielo.
Paragrafo unico: L’uomo confiderà nell’uomo come un bambino confida in un altro bambino.
ARTICOLO V - È decretato che gli uomini siano liberi dal giogo della menzogna. Non ci sarà più bisogno di usare la corazza del silenzio né l’armatura delle parole. L’uomo si siederà alla tavola con il suo sguardo puro, perché la verità sarà servita prima degli antipasti.
ARTICOLO VI - È stabilita, per dieci secoli, la pratica sognata dal profeta Isaia, e il lupo e l’agnello mangeranno insieme e il cibo di entrambi avrà lo stesso sapore dell’aurora.
ARTICOLO VII - Per decreto irrevocabile è stabilito il regno permanente della giustizia e della chiarezza, e l’allegria sarà una bandiera generosa per sempre spiegata nell’anima del popolo.
ARTICOLO VIII - È decretato che il maggior dolore sempre fu e sarà sempre il non poter dare amore a chi si ama e sapere che è l’acqua che dà alla pianta il miracolo del fiore.
ARTICOLO IX - È permesso che il pane di ogni giorno abbia nell’uomo il segno del suo sudore. Ma che soprattutto abbia sempre il caldo sapore della tenerezza.
ARTICOLO X - È permesso a qualsiasi persona in qualsiasi momento della vita, l’uso dell’abito bianco.
ARTICOLO XI - È decretato, per definizione, che l'uomo è un animale che ama e che per questo è bello, molto più bello che la stella del mattino.
ARTICOLO XII - Paragrafo unico: Solo una cosa sarà proibita: Amare senza amore.
ARTICOLO XIII - È decretato che il denaro non potrà mai più comprare il sole delle mattine future. Espulso dal grande baule della paura, il denaro si trasformerà in una spada fraterna per difendere il diritto di cantare e la festa per il giorno che è arrivato.
ARTICOLO FINALE - È proibito l’uso della parola libertà, la quale sarà soppressa dai dizionari e dal pantano ingannatore delle bocche. Da questo momento la libertà sarà viva e trasparente come un fuoco o un fiume, e la sua abitazione sarà sempre il cuore dell’uomo.
Thiago De Mello - Poeta, nato in Amazzonia nel 1926.
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